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Covid-19. Ursula von der Leyen recebeu primeira dose da vacina da Pfizer

Covid-19. Ursula von der Leyen recebeu primeira dose da vacina da Pfizer
JOHN THYS/Getty Images

A líder do executivo comunitário foi esta quinta-feira vacinada em Bruxelas. No mesmo dia, a Comissão disse considerar o consórcio BioNTech/Pfizer “a espinha dorsal do esforço de vacinação na Europa”

Paula Freitas Ferreira e Susana Frexes

A presidente da Comissão Europeia foi esta quinta-feira vacinada, um dia depois de a Europa ter assinalado o marco correspondente à administração de 100 milhões de vacinas. Foi Ursula Von der Leyen quem anunciou, na rede social Twitter, que já recebera a primeira dose da vacina, sem adiantar qual a farmacêutica. Mas, de acordo com fonte europeia tratou-se da vacina da BioNTech/Pfizer, porque foram essas as doses entregues pelas autoridades belgas à Comissão Europeia.

A líder do executivo comunitário publicou duas fotos do momento em que recebeu a primeira dose e deixou igualmente duas mensagens: a de que "o processo de [vacinação] vai ganhar ainda mais ritmo, uma vez que as entregas estão a acelerar na União Europeia", e que quanto mais depressa for a vacinação, mais depressa se poderá controlar a pandemia.

O objetivo da Comissão Europeia continua a ser o mesmo: imunizar 70 por cento da população adulta até ao verão. “Acreditamos que estamos no caminho certo para atingir a nossa meta de vacinação de 70% da população adulta, desde que as entregas sigam o calendário e os ministérios da saúde procedam à vacinação assim que receberem as doses”, reforçou, esta quinta-feira, Stefan de Keersmaecker, porta-voz da Comissão.

O consórcio formado pela BioNTech/Pfizer é cada vez mais o escolhido como aliado da UE nessa demanda. Questionado pelos jornalistas se a Comissão iria renovar contratos apenas com a Pfizer ou também com outras farmacêuticas – quando muitos delas atrasaram as entregas ou ficaram suspensas devido a efeitos secundários graves -, Eric Mamer, porta-voz do executivo comunitário, disse que a situação com a Pfizer é completamente diferente".

"Eles são a espinha dorsal do esforço de vacinação na Europa, em termos de número de doses administradas”, justifica. “Vemos que temos uma vacina eficaz do ponto de vista da saúde, bem como do ponto de vista da produção e distribuição. Isso permite-nos obter o número de doses contratadas. Portanto, é muito natural que, pensando no futuro, façamos uma negociação com aquela empresa”, justificou Mamer.

Esta semana foi anunciado um terceiro contrato com a BioNTech/Pfizer, para a entrega de 1,8 mil milhões de doses ao longo dos anos de 2022 e 2023. "Para nos defendermos do vírus temos de nos preparar para o facto de podermos vir a precisar de mais doses para reforço da imunidade”, avançou Ursula Von der Leyen durante uma curta intervenção esta quarta-feira, justificando que era importante apostar nas tecnologias que se tenham revelado eficazes e hoje os porta-vozes europeus reforçaram essa mesma ideia.

Vacina da Pfizer custava 12 euros. Agora custa quase 20

A Pfizer já tinha contratualizado com a UE a entrega de 200 milhões de doses até junho, e, na sequência dos atrasos nas entregas da Johnson&Johnson, disponibilizou-se para antecipar a entrega de mais 50 milhões - que estavam previstos só para o último trimestre do ano. No total, nos próximos três meses vai distribuir 250 milhões de doses aos europeus.

No domingo, o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, relevou que que os preços das vacinas estavam a subir à medida dos atrasos das farmacêuticas, do surgimento de novas variantes e da urgência da Europa em alcançar a imunidade de grupo no verão. E deu o exemplo da Pfizer.

A [vacina da] Pfizer custava 12 euros, depois passou para os 15,50. Estão a ser assinados contratos para 900 milhões de vacinas a um preço de 19,50 euros”, afirmou o primeiro-ministro búlgaro, citado pelo site de notícias europeu "Euractiv".

A informação não foi confirmada pela Comissão, que admitiu as negociações para a compra de mais doses adaptadas a novas variantes, mas não referiu os preços de aquisição, nem a sua inflação.

Com base nos dados fornecidos pelo fabricante, a vacina da Pfizer-BioNTech apresentou uma eficácia de 95% num ensaio clínico contínuo a grande escala.

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