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Opinião

A escolha que sobrava para a TAP

Neeleman queria ir-se embora mas com algum, garantido por uma cláusula, que nunca deveria ter existido, assinada por um Lacerda Machado que agora se quer reinventar. A nacionalização à bruta foi a arma negocial do Estado. O litígio é mau para todos, mas, a bem ou a mal (e parece que vai ser a mal), o controlo público é certo. Não havia outra saída para quem perceba o preço da falência

Já o escrevi demasiadas vezes para ter de desenvolver muito mais: a renacionalização da TAP, depois da estranhíssima privatização na 25ª hora organizada por Passos (quando já sabia que não seria primeiro-ministro), foi uma fraude política. Uma fraude política dirigida por António Costa, executada pelo seu amigo Lacerda Machado – que depois foi nomeado para o Conselho de Administração da companhia aérea – e pelo qual deu a cara o agora eurodeputado Pedro Marques. O seu sucessor no Ministério limita-se a ter de resolver o que todos recebemos. A cláusula do contrato, que permite aos privados recuperarem os cerca de 200 milhões que emprestaram à TAP através de prestações acessórias no caso do Estado reforçar a sua posição acionista, é a confissão da própria fraude.

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