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Opinião

Trabalhadores, a carne para canhão contra a inflação

Para além de custos da energia, o Governo vai a usar a redução do salário real para conter a inflação. Se for bem sucedido a conter um pouco a inflação por via do salário, sem interferir na formação de preços, será à custa dos trabalhadores. E tenderá a ser permanente. Se as contas estão certas, será uma perda de peso do trabalho no rendimento de 4,3%. Com Passos Coelho ficou-se, em 2012, pelos 2,7%

Desde 2011 que há um debate semântico e inútil para saber se os orçamentos do Estado são ou não de austeridade. Em resposta a esta acusação, o novo ministro das Finanças, Fernando Medina, fez a lista de medidas sociais que vinham do Orçamento chumbado antes das eleições. Um Orçamento que já estava desfasado da realidade herdada da pandemia e agora está muito para lá disso. Só que o debate que agora conta, e contará por muito mais tempo do que Medina parece acreditar, é a inflação. Como não contribuir para uma espiral inflacionista sem criar um problema social e económico de enormes proporções, com perda radical de poder de compra?

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