Cidadania: o que se ensina na disciplina da polémica
Duas crianças foram proibidas pelos pais de frequentar a disciplina e ainda não estão livres de chumbar por isso. Mas, afinal, o que é que os professores ensinam aos mais novos nessas aulas?
Duas crianças foram proibidas pelos pais de frequentar a disciplina e ainda não estão livres de chumbar por isso. Mas, afinal, o que é que os professores ensinam aos mais novos nessas aulas?
Jornalista
Em que anos há aulas de Cidadania e Desenvolvimento?
No 1º ciclo do básico (1º ao 4º ano) e no secundário (10º ao 12º), os seus conteúdos são abordados de forma transversal nas diferentes disciplinas. No 2º e 3º ciclo do básico (5º ao 9º) é uma disciplina autónoma, obrigatória.
Pode funcionar durante um semestre ou o ano inteiro. Não tem um tempo fixo e o mais comum é ser uma aula semanal de 45/50 minutos.
O que se dá na disciplina?
Os temas estão organizados em três grupos: um obrigatório para todos os níveis de escolaridade, um segundo que deve ser abordado em dois ciclos de ensino e um terceiro com opções a trabalhar num ano. Cabe a cada escola aprovar o que vai desenvolver em cada ano de escolaridade, os projetos e parcerias a estabelecer, bem como a avaliação dos alunos.
O primeiro grupo de temas obrigatórios inclui direitos humanos, igualdade de género, interculturalidade (diversidade cultural e religiosa), desenvolvimento sustentável, educação ambiental e saúde. O segundo grupo inclui sexualidade, media, instituições e participação democrática, literacia financeira e educação para o consumo, segurança rodoviária e risco. O terceiro grupo contempla empreendedorismo, defesa e paz, bem-estar animal ou voluntariado, por exemplo.
O que é mais polémico?
Os pais que invocam objeção de consciência entendem que a educação sexual e de género têm cariz moral e não competem à escola. No referencial de Educação para a Saúde apresentam-se como objetivos nesta área “respeitar e aceitar a diversidade na sexualidade e na orientação sexual”, “desenvolver uma atitude positiva no que respeita à igualdade de género” ou “distinguir os diferentes métodos contracetivos”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt
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