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Incêndios

Proteção Civil. "Nem sempre é possível colocar meios" nos locais. E o tempo ainda vai piorar

12 jul, 2022 - 20:19 • André Rodrigues

Respondendo às criticas de alguns autarcas, o comandante André Fernandes, da Proteção Civil, lembrou que os incêndios são de grande dimensão e sublinha que é necessária “a ajuda de todos”, também da população, embora considere “natural que não existam meios prontamente", dada a complexidade e a extensão do combate.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), admite que nem sempre é possível colocar prontamente os meios de combate a incêndios no local onde são necessários.

Na resposta às criticas de alguns autarcas, durante o briefing do final da tarde desta terça-feira, o comandante André Fernandes lembrou que os incêndios são de grande dimensão e sublinha que é necessária “a ajuda de todos”, também da população, embora considere “natural que não existam meios prontamente", dada a complexidade do combate e à extensão de território afetada.

“Estamos a falar de situações complexas, muito meios para gerir e uma área afetada muito grande”, disse.

Os incêndios de Alvaiázere, Ourém e Pombal são, nesta altura, as ocorrências mais preocupantes e “a prioridade é fazer as evacuações, manter as pessoas em segurança e depois salvar as habitações”, acrescentou André Fernandes.

Situação meteorológica “vai agravar”

Quanto à previsão da situação meteorológica para os próximos dias, André Fernandes confirmou que está “para agravar”, com persistência das temperaturas muito elevadas conjugada com uma humidade relativa baixa.

Neste quadro, o responsável da ANEPC garante “tolerância zero” no uso do fogo.

Os dias 13 e 14 de julho deverão ser, de resto, os mais quentes da semana, com “valores da ordem de 46°C, e no nordeste transmontano, com valores entre 40 e 44°C. Mantém-se a persistência da ocorrência de noites tropicais (temperatura mínima acima de 20°C) na generalidade do território, pelo menos até à noite dos dias 14 para 15".

A intensidade do vento será fraca a moderada e predominando do quadrante leste, sendo por vezes forte nas terras altas, rodando temporariamente para noroeste no litoral oeste durante a tarde.

Devido a estas condições meteorológicas e à previsão de valores baixos de humidade relativa do ar, temporariamente inferiores a 20% em vastas áreas do interior, o Perigo de Incêndio Rural apresentará as classes Máximo e Muito Elevado em quase todo o interior norte e centro e no interior do Algarve até ao final desta semana, acrescenta o IPMA, explicando que "esta situação de tempo muito quente resulta da circulação de uma massa de ar muito quente e seco, originária no norte de África, que irá persistir até dia 15, com valores de temperatura acima ou muito acima da média".

A situação de contingência, que corresponde ao segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

A declaração da situação de contingência deverá terminar às 23h59 de sexta-feira, mas poderá ser prolongada caso seja necessário.

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