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Turquia diz que não vai levantar veto à Finlândia e Suécia durante cimeira da NATO

23 jun, 2022 - 17:29 • Lusa

Cimeira decorre na próxima semana em Madrid.

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O Governo da Turquia indicou esta quinta-feira que não vai levantar o seu veto à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO durante a cimeira da Aliança Atlântica que decorre na próxima semana em Madrid.

"A cimeira da NATO não é um limite. Não existe uma data final para completar o processo de entrada [na Aliança]", assinalou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Çavusolglu, durante uma conferência de imprensa em Ancara com a sua homóloga britânica, Liz Truss.

"Mesmo que tenha sido assinado o protocolo de adesão, haverá um processo de ratificação pelos países membros da Aliança. Os nossos aliados estão a esforçar-se ao máximo para alcançar uma solução neste processo", sublinhou o ministro turco.

"Delegações da Suécia e da Finlândia estiveram na Turquia, partilhámos de forma escrita as nossas preocupações e expectativas. Eles entregaram-nos um documento. Ainda não nos parece suficiente", disse Çavusolglu, sem acrescentar mais detalhes.

"Se estes dois países querem ser membros devem cumprir certas coisas. Entendemos as suas preocupações de segurança, mas se querem ser membros da NATO também devem atender às preocupações dos Estados-membros", acrescentou o ministro turco.

Por sua vez, Liz Truss destacou o apoio britânico aos dois países escandinavos que pediram a adesão, ao considerar que deve manter-se "a política de portas abertas" da NATO e que este alargamento irá fortalecer "a defesa e segurança coletiva" da aliança.

Em paralelo, o ministro turco e a homóloga britânica insistiram na necessidade de criar um sistema que permita colocar nos mercados as toneladas de cereais bloqueadas na Ucrânia devido à invasão russa, com Liz Truss a alertar para uma situação de "fome global" caso não se encontre uma solução até julho.

"É urgente que se tomem medidas durante o próximo mês, antes da nova colheita", advertiu.

"Se este problema não for resolvido, é provável que ocorra uma enorme fome mundial", afirmou a ministra, que destacou o facto de a Turquia estar a desempenhar uma função decisiva nas negociações para desbloquear as exportações de trigo e outros alimentos a partir da Ucrânia.

Comentários
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  • Cidadao
    27 jun, 2022 Lisboa 16:48
    Se a Turquia não está contente com o "cheque" e quer sempre mais caso contrário não colabora, faço minhas as palavras do comentador DIGO EU, e deve fazer-se um Tratado de Defesa Mutua em tudo igual ao art.º 5 da NATO, assinado entre Suécia e Finlândia e todos os outros Países NATO, deixando a Turquia de fora. Aí, Erdogan fica a ver navios. E se a Turquia ameaçar sair da NATO, temos de ver o que é mais importante para a NATO: as F.A. Turcas e os problemas que Erdogan arranja, ou as F. A. conjuntas da Finlândia mais a Suécia, juntando ao pacote uma das melhores indústrias de Guerra na Europa, que é o que a Suécia tem.
  • Digo eu
    23 jun, 2022 cá 17:03
    Já disse: todos os Países NATO - exceto a Turquia - façam tratado de defesa a comprometer-se a aplicar uma artº 5 especifico, e aí, a Turquia fica a ver navios.

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