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Guerra na Ucrânia. EUA falam em 40 mil civis mortos e 200 mil baixas militares

10 nov, 2022 - 09:50 • Joana Azevedo Viana com agências

Números avançados pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA correspondem ao mais elevado balanço de vítimas pelo Ocidente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há mais de oito meses.

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O chefe do estado-maior-geral das Forças Armadas dos EUA adiantou esta semana que cerca de 100 mil soldados russos e 100 mil soldados ucranianos já terão morrido ou ficado feridos na guerra na Ucrânia, num conflito que já terá provocado igualmente a morte de 40 mil civis.

"Estamos a falar de bem mais que 100 mil soldados russos mortos ou feridos e o mesmo do lado ucraniano", adiantou o general Mark Milley na quarta-feira.

Estes cálculos correspondem ao mais elevado número de vítimas avançado pelo Ocidente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no final de fevereiro.

Para o general Milley, o principal conselheiro militar do Presidente dos EUA, Joe Biden, a escala das baixas na guerra poderá ajudar a convencer tanto Moscovo quanto Kiev que é necessário negociar os próximos meses de inverno, em que as lutas no terreno deverão abrandar por causa do frio.

"Janela" para negociar

Nos últimos dias, a Ucrânia pareceu sinalizar alguma abertura para conversações com a Rússia, depois de o Presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, ter voltado atrás na exigência de apenas negociar com Moscovo caso Vladimir Putin deixe de ser Presidente -- no que os EUA classificam como uma "janela de oportunidade" para negociar.

Para que qualquer negociação tenha sucesso, defende o general Milley, tanto a Rússia como a Ucrânia têm de reconhecer que uma vitória "poderá não ser alcançável por meios militares, pelo que devem optar por outros meios".

Os dois países continuam a guardar para si o número real de baixas militares e de civis. O último balanço público de Moscovo, em setembro, apontava que 5.937 soldados russos perderam a vida desde o início do conflito, com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a rejeitar na altura notícias que já davam conta de um total de mortos bem superior.

Para comparação, cerca de 15 mil soldados soviéticos terão morrido durante a guerra no Afeganistão entre 1979 e 1989.

Da parte da Ucrânia, o último balanço avançado pelo comandante máximo das Forças Armadas, Valeriy Zaluzhniy, em agosto, apontava para a morte de 9 mil soldados ucranianos.

A ONU diz que não considera fiáveis os números adiantados pelas partes envolvidas na guerra.

Ainda segundo o general Milley ontem, já surgiram entre 15 e 30 milhões de refugiados desde que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro.

De acordo com dados das Nações Unidas, 7.8 milhões de refugiados ucranianos estão já espalhados pela Europa, um número que não abrange os deslocados internos, pessoas que tiveram de abandonar as suas casas na sequência da guerra, mas que não saíram da Ucrânia.

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