Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Putin diz que "plano de paz da China pode servir de base" para negociações com Kiev

21 mar, 2023 - 15:49 • Joana Azevedo Viana

Presidente russo e homólogo chinês anunciam em Moscovo assinatura de protocolos para aprofundar relações, que estão "no ponto mais alto" da história dos dois países.

A+ / A-

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta terça-feira, no final de um segundo dia de encontros com o homólogo chinês, Xi Jinping, que o plano de paz apresentado por Pequim para a Ucrânia "pode servir de base" para as negociações com Kiev, mas apenas quando Ucrânia e Ocidente estiverem preparados para tal.

Os dois líderes, adiantou Putin depois de um novo encontro com Xi, passaram "muito tempo" e "dedicaram muita atenção" ao plano de Pequim para pôr fim ao conflito na Ucrânia, iniciado pela Rússia com a invasão do país vizinho em fevereiro de 2021.

"Acreditamos que muitos pontos do plano de paz chinês estão correlacionados com o ponto de vista da Federação Russa e muitos outros pontos podem ser adotados no Ocidente e em Kiev", destacou o líder russo.

Numa conferência de imprensa conjunta, os dois líderes anunciaram ainda a assinatura de declarações que "refletem totalmente a natureza das relações Rússia-China", que Putin descreveu como estando "no seu ponto mais alto" em "toda a história dos nossos dois países".

A Rússia e a China, adiantou o Presidente russo, estão "ligados" e gozam de "boas relações de vizinhança", com Moscovo em "contacto constante" com Pequim, adiantou Putin.

"Isto permite-nos encontrar, até nas mais complexas situações, soluções para os problemas e ser capazes de discutir todos os assuntos internacionais da atualidade."

Ao seu lado, no segundo de três dias de visita oficial à Rússia, Xi Jinping manifestou as mesmas ideias, sublinhando que "a cooperação com a Ríussia é sólida" e multifacetada.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    21 mar, 2023 Lisboa 18:46
    Não haverá quaisquer negociações de Paz, pois a Rússia quer impor como condição para "negociar" o reconhecimento da anexação criminosa e ilegal de territórios ucranianos, à mistura com condições que se impoem a um vencido, coisa que a Ucrânia não é, antes pelo contrário: desarmamento quase total, nada de NATO e se possivel nada de UE, reconhecimento da soberania russa dos territórios ocupados e levantamento de sanções. Nenhuma das condições será aceite. O plano chinês é muito útil para a Rússia, agora que a sua "grande ofensiva" se revelou um fracasso e o Estado-Maior russo está preocupado com a quantidade de material ocidental que chegou à Ucrânial e a contra-ofensiva que o exército ucraniano está a preparar. Uma Pausa na guerra era ouro sobre azul, para os russos.

Destaques V+