A ferrovia ganhou espaço na política portuguesa, mas esse ganho ainda não chegou ao número de comboios a circular. Enquanto alguns partidos não tocam no tema, outros consideram o que está previsto suficiente – e outros querem o regresso dos comboios noturnos.
Os partidos tendem a concordar que o orçamento para a Cultura é para aumentar, mas onde ficam os profissionais do setor nas contas? À esquerda, as medidas são concretas no combate à precariedade, à direita, as propostas são vagas ou nenhumas.
À esquerda e à direita, os partidos falam em eliminar, reduzir ou regulamentar propinas e emolumentos em licenciaturas, mestrados e doutoramentos. Só Aliança Democrática e Iniciativa Liberal têm zero menções a estes custos. Fora a IL, todos querem reforçar bolsas de estudo e ação social
André Ventura é o único que não tem qualquer referência à inflação no seu programa. PS não quer o regresso do IVA Zero, ao contrário de Bloco de Esquerda, CDU, PAN e do Chega.
Todos os partidos defendem o alargamento da gratuitidade das creches e do pré-escolar, AD é a única força política que estima quanto custa. Chega quer dar prioridade nas creches a filhos de funcionários das forças de segurança, Livre quer introduzir o "direito à sesta" em jardins de infância.
A investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa lamenta que as questões ambientais não estejam na agenda dos líderes partidários e insiste na necessidade de compromissos com metas concretas.
É quase unânime a garantia dos partidos de que todos vão ter médico de família até ao final da legislatura. Montenegro já o disse, mas o programa não é claro.
Chega e IL não falam do CSI. Bloco e CDU querem vê-lo ser pago 14 vezes ao ano e que os rendimentos dos filhos deixem de ser tidos em conta. O PS concorda com esta última ideias. O PSD quer subir o valor para os 820 euros.