TV 2.5: HDR, áudio imersivo e DTV Play no ISDB-Tb
A chamada “TV 2.5” é a atualização tecnológica da TV Digital no Brasil, mantendo a compatibilidade com os receptores existentes. O Fórum SBTVD concluiu a padronização de novas tecnologias que vão permitir a melhoria de qualidade de áudio e vídeo do sinal do ar, através do HDR e do áudio imersivo e personalizável, e a integração com novos serviços personalizáveis via internet (conteúdo direcionado, UHD, on-demand e integração com dispositivos de segunda tela), através do DTV Play. Venha conhecer mais de perto essas mudanças que vão transformar a experiência do telespectador e os modelos de negócio do setor.
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Moderador: Luiz Fausto de Souza Brito, Coordenador do Módulo Técnico – Fórum SBTVD
Possui mestrado profissional em computação aplicada pela UECE (2015), MBA Executivo em Tecnologia da Informação pela UFRJ (2011), curso de extensão em Redes de Vídeo sobre IP pela UFRJ (2009) e graduação em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela UFRJ/USU (2005). Atualmente é Especialista em Estratégia e Regulatório da Rede Globo , Coordenador do Módulo Técnico do Forum SBTVD, membro da Delegação do Brasil no ITU-R (SG 6) e na CITEL (CCP.II), membro do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (GIRED), membro do Grupo de Trabalho de Harmonização do Fórum ISDB-T Internacional.
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Technicolor SL-HDR1: Uma solução para TV 2.5 do Brasil compatível com as versões anteriores
O Fórum SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital) escolheu o SL-HDR1 da Technicolor como a solução HDR dinâmica única para o padrão de televisão digital do Brasil: TV 2.5. O SL-HDR1 da Technicolor permite que as operadoras de TV brasileiras continuem a transmitir vídeo MPEG-AVC/H.264, como fazem atualmente, acrescentando apoio para que o HDR consiga funcionar em conjunto (backward-compatible).
Ler +O Fórum SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital) escolheu o SL-HDR1 da Technicolor como a solução HDR dinâmica única para o padrão de televisão digital do Brasil: TV 2.5. O SL-HDR1 da Technicolor permite que as operadoras de TV brasileiras continuem a transmitir vídeo MPEG-AVC/H.264, como fazem atualmente, acrescentando apoio para que o HDR consiga funcionar em conjunto (backward-compatible). Isso permite aos consumidores brasileiros migrar para o HDR ao longo do tempo, enquanto seus televisores atuais continuam a receber o mesmo sinal como standard dynamic range (SDR). Essa solução economiza largura de banda e minimiza interferência em operações de broadcast aos consumidores finais.
A TV 2.5 do Brasil criou novas oportunidades e desafios para o HDR. Em outros lugares, o HDR foi suportado pelo mais recente codec HEVC, e em particular com o perfil Main-10 desse codec, exigindo pixels de 10 bits. A transmissão da TV brasileira tem base no H.264 e utiliza pixels de 8 bits. A combinação da eficiência de compressão limitada de H.264, com amostras de 8 bits, levou a uma solução HDR de alta qualidade. A solução vencedora da Technicolor foi extensivamente avaliada pelos membros da SBTVD e pelas operadoras de TV do Brasil e julgada de qualidade superior.
Technicolor, Philips e InterDigital criaram um conjunto de soluções HDR de alto nível para os mercados de produção, transmissão e streaming. Em transmissão, as empresas têm focado na questão da conversão SDR-HDR e da compatibilidade SDR, atendendo de forma única a uma necessidade crítica do mercado. As soluções Technicolor SL-HDR, que são especificadas para vários codecs de vídeo MPEG, foram totalmente padronizadas no ETSI, e adotadas por ATSC, DVB, SBTVD e outros, permitindo que os implementadores adotem a tecnologia de forma independente, acelerando o desenvolvimento. A Technicolor também fornece soluções profissionais de classe mundial para conversão de sinais de vídeo de produção entre SDR e HDR. A Technicolor conta com um rico ecossistema de parceiros para suas soluções HDR, entre eles os líderes de mercado a LG Electronics, a Cobalt Digital, a Cinnafilm e a Ateme, bem como operadoras como a MLB.tv e a ARTE.Alan J. Stein, Vice-Presidente, Tecnologia – InterDigital
Alan J. Stein comanda a equipe de Padrões e Estratégia de Negócios da InterDigital, onde é gestor de uma equipe global de especialistas em tecnologia que participam dos principais órgãos de padrões de vídeo, bem como em importantes fóruns setoriais. Stein é conselheiro da UHD Alliance, membro da CTA Video Board e, desde 2013, presidente dos grupos TG3/S34-1 e S41 da ATSC, grupo de padronização da tecnologia de vídeo para o ATSC 3.0. Ele possui 16 patentes homologados na área de vídeo digital, além de ser presidente atual do grupo PT-6 da ATSC sobre a Internacionalização do ATSC 3.0.
Stein passou a primeira década de sua carreira, de mais de 30 anos, trabalhando como membro do corpo de pesquisadores do MIT Lincoln Laboratory. Trabalhou durante muitos anos com sistemas de processamento em tempo real de sinais e imagens para sistemas de radar a laser, um componente chave da Strategic Defense Initiative, bem como em radares meteorológicos para detecção de ventos cruzados atualmente instalados em mais de 100 aeroportos nos EUA. Suas importantes contribuições ao MIT/LL são reconhecidas no livro, “Lincoln Laboratory: Technology in Support of National Security”.
Após deixar o MIT, Stein se juntou à Ariel Corporation, startup DSP localizada em Nova Jersey, como o principal arquiteto de softwares. Ele escreveu software, firmware e ferramentas de desenvolvimento para hardwares de computação de DSP paralelo de alta densidade, bem como para produtos iniciais de DSL CPE. Foi o principal perito técnico que ajudou a Ariel a crescer de um startup de 25 pessoas, para uma sociedade anônima com mais de 150 pessoas em menos de três anos.Após deixar a Ariel, abriu um grupo de consultoria em software, na região de Princeton, o que o levou à área de vídeo, pois entre seus clientes ele tinha a Sarnoff, a NEC Research Institute e a Bell Labs. Ele e sua equipe trabalhavam em sistemas de visão, marca d’água para vídeo, codecs de vídeo e mídia de streaming.
Juntou-se à Thomson Multimedia Princeton Research Center em 2002, chefiando uma equipe que criou um software para implementação do codec de vídeo H.264/AVC, então em evolução, que foi integrado em muitos produtos da Thomson: decodificadores para IPTV, ferramentas de editoração profissional da Grass Valley, codificadores de vídeo para transmissões ao vivo, sistemas de autoria DVD/Blu-Ray e muito mais.
Stein teve uma carreira de 17 anos na Thomson/Technicolor, trabalhando no desenvolvimento de software, gestão de R&D, desenvolvimento organizacional, aperfeiçoamento de processos, e estratégia em tecnologias e padrões nos espaços de distribuição de vídeo e do consumidor. Ele foi nomeado Fellow da Technicolor em 2015. -
Aprimoramento da TV Digital Brasileira (TV 2.5) com som imersivo e personalizado MPEG-H
O MPEG-H Audio é o sistema NGA (Next Generation Audio) desenvolvido pela MPEG que visa oferecer som personalizado e envolvente. Adaptado para aplicativos de transmissão e streaming, ele permite que os espectadores ajustem o mix de som de acordo com suas preferências, enquanto seu suporte a áudio envolvente melhora o nível de realismo da experiência auditiva. Com um rico conjunto de metadados, novos conceitos de volume e DRC, além de recursos ativos de downmix e renderização, o MPEG-H Audio garante uma reprodução ideal em uma ampla variedade de dispositivos em qualquer ambiente.
Ler +O MPEG-H Audio é o sistema NGA (Next Generation Audio) desenvolvido pela MPEG que visa oferecer som personalizado e envolvente. Adaptado para aplicativos de transmissão e streaming, ele permite que os espectadores ajustem o mix de som de acordo com suas preferências, enquanto seu suporte a áudio envolvente melhora o nível de realismo da experiência auditiva. Com um rico conjunto de metadados, novos conceitos de volume e DRC, além de recursos ativos de downmix e renderização, o MPEG-H Audio garante uma reprodução ideal em uma ampla variedade de dispositivos em qualquer ambiente.
Já padronizado pelo ATSC 3.0 e pelo DVB, o MPEG-H Audio foi adotado recentemente pelo Fórum SBTVD para a entrega de som imersivo e personalizado pela plataforma ISDB-Tb existente (DTV 2.5). Isso permitirá que as emissoras no Brasil ofereçam a seus espectadores os recursos mais avançados do MPEG-H Audio, com impacto mínimo no fluxo de trabalho de produção. Já usado durante grandes produções ao vivo de esporte e música em todo o mundo, incluindo o Eurovision Song Contest, o French Tennis Open e o Carnaval do Rio no Brasil, várias emissoras demonstraram como é fácil habilitar o MPEG-H Audio em produções ao vivo. A TV Globo usou com sucesso o MPEG-H Audio para transmissão terrestre e 5G ISDBb Tb durante o Rock in Rio 2019. A palestra se concentrará na experiência adquirida durante a transmissão com o uso de uma tecnologia de última geração e apresentará os desafios encontrados ao vivo.Adrian Murtaza, Gerente Sênior de Tecnologia e Padrões – Fraunhofer IIS
Adrian Murtaza atua como Gerente Sênior de Padrões do Fraunhofer IIS, um dos mais importantes institutos de pesquisa aplicada em TI da Europa. Seu foco são os padrões DVB, ATSC, CTA, HbbTV e SCTE, para os quais é coautor de várias especificações. Em 2013, ele ingressou na MPEG e, desde então, tem contribuído para o desenvolvimento de vários padrões técnicos de áudio. Mais recentemente, se concentrou na especificação de entrega e transporte de áudio de próxima geração em sistemas ATSC 3.0 e sistemas DVB ou ISDB-T baseados em MPEG-2 Transport Stream, bem como na habilitação de serviços de áudio MPEG-H em diferentes ecossistemas de transmissão e streaming. Com um forte interesse em soluções de mídia VR / AR, ele está envolvido ativamente nos esforços de MPEG-I visando futuras aplicações imersivas.
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TV 2.5: Evolução do Middleware
Em meio às mudanças nos hábitos de consumo de conteúdo televisivo, tivemos a oportunidade de identificar casos de uso que, em comum, demandavam um aprofundamento da integração entre radiodifusão e banda larga. A evolução do middleware Ginga foi essencial para concretizar tais funcionalidades e, ainda, de forma retrocompativel. Essa palestra apresentará os principais aspectos dessa evolução, que culminou na especificação do Ginga para receptores de perfil D, também conhecido como DTV Play.
Prof. Marcelo Moreno, DSc. – Departamento de Ciência da Computação (DCC/ICE) Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Marcelo F. Moreno é Professor Associado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde é membro permanente do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação. Possui Mestrado e Doutorado em Informática pela PUC-Rio. Exerce papéis de liderança junto à União Internacional de Telecomunicações (UIT), incluindo a relatoria da Questão 13/16 da UIT-T (Multimedia application platforms and end systems for IPTV), a co-presidência do IRG-IBB (Intersector Group on Integrated Broadcast-Broadband), a vice-presidência da Comissão de Estudos 16 da UIT-T (SG16 – Multimedia) e a editoria de várias Recomendações e artigos técnicos da UIT-T. É também coordenador do GT de Middleware do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Possui um sólido histórico de publicações e palestras em eventos tanto da Academia, quanto da Indústria.