No primeiro episódio do podcast Be The Story, Inês Lopes Gonçalves, d'As Três da Manhã da Renascença, modera uma conversa com Pedro Graça, Diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, para clarificar mitos e dúvidas sobre a dieta mediterrânica.

Na década de 50 do século XX, o investigador e filósofo norte-americano Ancel Keys constatava pela primeira vez que os povos do Mediterrâneo tinham menos enfartes, comparativamente com outras zonas do mundo. O que tinham em comum? A dieta mediterrânica.

Uma cozinha com métodos de confeção simples, em que os produtos de origem vegetal, frescos, sazonais e locais são o grande trunfo. A opção pelo peixe é frequente, em detrimento de ovos, laticínios e produtos processados. Já as carnes são preferencialmente de aves e o consumo de carnes vermelhas é limitado a uma vez por semana.

Classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2013, mais do que um conjunto de receitas, a dieta mediterrânica é um padrão alimentar, um modo de comer e viver cujas origens remontam ao ano 6000 a.C. Como um organismo vivo, foi influenciado por diferentes povos e culturas, que trouxeram novos ingredientes e sabores.

Durante o período dos Descobrimentos, o milho, tomate, abóbora, feijão e batata provenientes das Américas, juntavam-se aos já tradicionais pão, azeite e vinho. Estes alimentos foram introduzidos na alimentação dos diferentes povos que usaram o mar Mediterrâneo como principal via de comunicação.

Em Portugal e em muitos outros países, estes princípios e rotinas de dieta mediterrânica têm-se perdido, como consequência da globalização e da transformação de hábitos sociais — que se traduzem na falta de tempo que as famílias têm para planear, preparar e partilhar as suas refeições. Está nas mãos de todos salvar a dieta mediterrânica, tornando-a cada vez mais viva no nosso dia a dia.

Tenho pena que estejamos a dar tanta importância a determinadas coisas (…) e depois na alimentação, que é um fator tão importante, perdemos 2 ou 3 minutos por dia a tentar encontrar qualquer coisa rápida para comer, quando é o fator mais decisivo da nossa qualidade de vida.

Pedro Graça

Há mais de 10 anos que o Pingo Doce tem defendido a dieta mediterrânica enquanto padrão alimentar saudável. Em 2020 lançou a marca Juliana, uma homenagem à dieta mediterrânica à portuguesa, aos saberes milenares, aos segredos na cozinha, às mãos que trabalham o campo e a quem prepara e serve refeições autênticas, temperadas com a nossa história e a nossa essência.

Sopas e descanso

Em Portugal, a sopa é de presença obrigatória à mesa. Por isso, desafiámos a Inês Lopes Gonçalves, d’As Três da Manhã da Renascença, a fazer uma sopa utilizando os princípios da dieta mediterrânica, e a partilhá-la com as colegas. Será que a Joana Marques gostou?

Logo do podcast Be The Story.

Sobre o podcast Be The Story

Neste podcast, As Três da Manhã da Renascença — Ana Galvão, Joana Marques e Inês Lopes Gonçalves — moderam conversas com especialistas para clarificar mitos e dúvidas sobre temáticas de sustentabilidade. Um projeto do Grupo Jerónimo Martins em parceria com a Renascença.

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