Pedro Frederico Caldas
Volta e meia e vejo a
tentativa solerte de jogar os conservadores no campo do nazi-fascismo. Nazi-fascismo
e comunismo são farinha do mesmo saco, ambos socialistas, favoráveis à
estatização dos meios de produção, controle absoluto das liberdades, sistemas
totalitários que retiram o pátrio poder e entregam as crianças, sua educação e
orientação moral ao Estado, abolem a oposição e impõem um partido único que
regerá a vida de todos. Um, internacionalista e favorável à ditadura de uma
classe; o outro, nacionalista e cultuador de uma raça, razão que o impede de
ser, como o outro, internacionalista.
Após a primeira guerra, a
Alemanha foi impedida de ter forças de ataque, devendo seus exércitos estarem
voltados somente ao plano da defesa, com limitações de toda ordem. Em razão
disso, o oficialato e as forças de ataque do exército nazista foram treinadas
dentro da então União Soviética. Os partidos (comunista e nazista) viviam de
mãos dadas, Hitler era grande admirador da brutalidade de Stalin e nela muito
se inspirou para estabelecer o seu regime brutal.
Às vésperas da invasão da
Polônia, fato que deflagrou a Segunda Grande Guerra, foi selado o famoso pacto Ribbentrop-Molotov,
que levou esse nome porque firmado pelos dois ministros das relações exteriores
da Alemanha e da Rússia [foto]. Por esse pacto, as duas nações, uma comunista,
a outra, fascista, fizeram um acordo de não-agressão. Se se leem as publicações
de forma distraída, se aceita que a Segunda Grande Guerra começou porque a
Alemanha invadiu a Polônia. Essas mesmas publicações omitem o fato que, dias
depois da invasão alemã, a Rússia também invadiu a Polônia, eis que aquelas
nações tinham dividido entre si aqueloutra. Após ter dominado toda a Europa
Ocidental, com exceção da Inglaterra, que ficou lutando sozinha, Hitler, que
considerava o povo russo uma raça inferior, invadiu a Rússia, fato que deixou
Stalin três dias sem fala.
Após a invasão da Rússia,
durante a guerra e logo em seguida ao pós-guerra, a Rússia foi considerada uma
aliada e os países ocidentais passaram a mão pela cabeça da União Soviética.
Através da Quinta Coluna
representada pelos partidos comunistas no mundo, começou o jogo de empurra e
conseguiram vender a ideia de que os nazi-fascistas eram de direita, como se
eles também não fossem socialistas, rótulo que pespegaram também nos países
conservadores.
Devemos ficar sempre atentos
ao fato de que a palavra nazismo não passa da contração da expressão nationalsozialistische. Essa concepção
de que o nazismo era de direita foi-se infiltrando nos léxicos, na tentativa
solerte de confundir todos os países de formação conservadora (Estados Unidos,
Canadá, Austrália, países europeus do Oeste, América Latina e muitos outros)
com o fascismo.
Tudo que se refira à defesa
das liberdades, da propriedade, do direito de expressão, enfim, tudo que a
democracia ocidental representa, ideias que sempre estiveram à direita do
totalitarismo esquerdista, foi sorrateiramente sendo confundido ou aproximado ao
fascismo. Todas as ideias proeminentes do fascismo se confundem com aquelas que
animam o comunismo. Melhor dizendo, todas a ideias fascistas se amalgamam com
as comunistas com exceção do nacionalismo e o conceito de raça.
Assim, não se intimidem,
quando a esquerda o chamar de fascista porque você é um defensor das
liberdades, cultivador da democracia, adepto da economia de mercado e outros
valores que conservamos, daí sermos considerados conservadores, ela não estará
fazendo nada mais que xingá-lo daquilo que na realidade ela é.
Título e Texto: Pedro Frederico Caldas, Facebook,
17-9-2018
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